No bate-papo, a psicóloga oferece uma série de insights para quem deseja vivenciar cura interior com completo. Por: Cleiton Oliveira e Fabrícia Oliveira, Time de Comunicação da Cyclos
Você sente que em algum lugar do seu ser — algo em seu íntimo, onde ninguém consegue acessar — há uma cicatriz, uma ferida que precisa ser tratada e curada? Já passou por alguma experiência que marcou a sua vida profundamente, a qual deve ser superada? Sente que algo tem tirado a alegria e a vitalidade de seu dia a dia? Ler o livro Cura 3D poderá ajudá-lo. Escrito por Claudia Wharton, psicóloga com larga experiência em atendimento clínico e especial atuação no ambiente empresarial, Cura 3D descortina um caminho para quem deseja experimentar uma nova e refrescante perspectiva para a jornada.
Líder com frutífera carreira acadêmica, profissional e vocacional, Claudia é formada em Letras, Teologia e Psicologia, fez pós-graduações e especializações em Psicoterapia Junguiana, Psicopedagogia e Psicodrama pela USP e Mackenzie e possui MBA em Gestão pela Universidad Alcalá em Madrid. Além disso, a autora é Coach formada pela Sociedade Brasileira de Coaching e trabalha como educadora em temas de cura interior e família.
Em entrevista à Cyclos, Claudia compartilha informações sobre seu livro e deixa uma série de insights para os nossos leitores. Você confere o delicioso bate-papo a seguir!
Cyclos: Cura 3D. Quais ideias estão no pano de fundo desse título tão curioso?
Claudia Wharton: Cura 3D tem em seu pano de fundo a realidade de que somos triúnos: corpo, alma e espírito. Para sermos curados e mantermos uma vida saudável, é preciso ter um olhar para essas três dimensões.
Como nasceu a ideia de escrever a obra? A quem ela é destinada?
Atuo há mais de 25 anos em atendimento clínico com excelentes resultados. Meu desejo é poder alcançar o maior número de pessoas, deixar um legado para a sociedade. Assim, resolvi registrar práticas funcionais e eficazes para diversos perfis, por meio de uma linguagem simples e acessível.
Qual mensagem deseja transmitir aos leitores?
A mensagem principal que desejo transmitir é da possibilidade de vivermos em plenitude e saudáveis, independentemente do que vivemos ou experimentamos ao longo da nossa jornada aqui na terra.
Na obra, você aborda algumas diferenças no que se refere à formação do homem e da mulher. Há alguma diferença quanto ao processo de cura interior entre os gêneros masculino e feminino?
Excelente pergunta! Ao longo da minha experiência, percebo que as mulheres buscam a cura integral mais do que os homens. Entretanto, o processo com os homens me parece mais rápido. Eles são mais transparentes e diretos durante o processo.
Perdão. Por que é importante falar sobre o tema quando o contexto envolve a cura, especialmente emocional?
A ausência de perdão é uma das maiores causas, inclusive, de problemas físicos, o que chamamos “doenças psicossomáticas”. Ela literalmente corrói, como acontece com o câncer. Como o nosso inconsciente é atemporal, o motivo que gerou mágoa, rancor, ressentimento e até mesmo o ódio fica presente em nossas emoções, como se o fato tivesse acabado de acontecer. A alma fica aprisionada na situação e a pessoa fica com pouca energia vital para o seu dia a dia.
Mesmo já tendo liberado o perdão, muitas pessoas podem continuar a sentir um desconforto diante da pessoa ou lembrança da situação causadora do dano. Há possibilidade de não ter ocorrido a cura? Caso a cura tenha acontecido, o que fazer para manter o equilíbrio emocional e a fé diante dessa circunstância?
Perdoar não nos faz esquecer das situações ocorridas, pois as nossas memórias não são apagadas para garantir a nossa história e identidade. Entretanto, quando o perdão ocorre, a lembrança do fato não gera mais dor emocional. Às vezes, a dificuldade está em conviver com a pessoa que não mudou a sua forma de agir, ou seja, que continua a machucar e ofender as pessoas à sua volta. Nesse caso, será preciso a liberação de perdão a cada ocorrência.
É importante sempre lembrar que a pessoa não é merecedora do perdão, mas fazemos isso pela graça, pelo favor imerecido, e quem é beneficiado somos nós. Precisamos crer no poder das palavras, ao liberarmos perdão em voz audível, tais palavras criam vida.
Dentre diversos ensinamentos, você afirma que não podemos nos comparar aos outros para iniciar o processo de cura e manutenção da saúde. Como fazê-lo em um mundo em que somos constantemente estimulados à comparação e a criar uma imagem de bem-estar, sucesso e alegria ininterruptos e, muitas vezes, utópicos?
A individualidade é um princípio no qual precisamos estar alicerçados. A busca contínua pelo autoconhecimento é um mecanismo importante que nos ajuda a entender como colocar em prática os nossos talentos. Uma vez que atuamos com propósito — ao colocarmos nossos dons a serviço dos outros—, nos realizamos de maneira mais plena e, automaticamente, tiramos o foco da vida alheia.
Vale lembrar que as pessoas compartilham em suas redes sociais apenas as coisas boas, e isso nos leva a pensar que elas não têm problemas, o que não é verdade. É impossível estar alegre e sentir bem-estar a maior parte do tempo: a vida é contabilizada como uma conta corrente, temos créditos: experiências positivas; e débitos: vivências negativas. O importante é que a conta esteja no positivo, mesmo que o “saldo” represente apenas 5%. Estar sempre com 100% de crédito é utópico.
Em Cura 3D, você elucida a importância do autoconhecimento para uma vida saudável e estável. O que diria a quem deseja encontrar respostas, mas não sabe por onde começar a jornada rumo a uma melhor percepção de si?
Temos um grande leque de possibilidades para o autoconhecimento. Sendo assim, precisamos nos pautar em fontes confiáveis e seguras. Podemos pedir para as pessoas que amamos e confiamos compartilhar suas percepções a nosso respeito, o que chamamos de feedback. No link que compartilho a seguir, há um mapeamento de virtudes e forças que nos ajuda a entender os nossos talentos: https://www.viacharacter.org/survey/account/register. Podemos considerar que as cinco primeiras virtudes e forças mostradas no resultado desse mapeamento são nossa assinatura e nos descrevem.
No livro, você fala sobre sua amizade com Rosana Sá. Conte-nos um pouco sobre a amizade de vocês?
A Rosana e eu nos conhecemos há mais de 20 anos. Temos uma afinidade muito grande, a considero uma irmã. Juntas desenvolvemos e implantamos grandes projetos, os quais foram grandes conquistas. Compartilhamos muitos momentos pessoais de muita alegria e choramos e nos consolamos. Posso afirmar que ela é um presente na minha história e sempre serei grata por esse privilégio.
O que diria aos leitores do blogue Cyclos sobre o trabalho desenvolvido por Rosana Sá?
Rosana é um talento! Suas competências são reconhecidas e valorizadas por todos. Ela busca aprimoramento contínuo, e inovação é uma marca em sua carreira. As suas intervenções geram o engajamento de todos os envolvidos. Ela tem o dom da comunicação e se expressa com um entusiasmo contagiante. Eu recomendo a Rosana de olhos fechados!
E, para terminar, qual mensagem deixaria para os leitores, especialmente àqueles que desejam vivenciar a cura do espírito, da alma e do corpo.
Buscar a cura do espírito, alma e corpo é o maior sinal de amor próprio. Vale a pena passar pelo processo de cura e experimentar viver de forma plena e inteira. A vida é uma dádiva e precisamos cuidá-la com todo o carinho e zelo.
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