Não se atemorize, ainda que os desafios sejam muitos, há algo que você pode fazer para vencê-los! Por: Rosana Sá
“O novo normal chegou.” Provavelmente, esta não é a primeira vez que você ouve tal expressão. Talvez ela nunca tenha sido tão repetida, analisada e discutida pela comunidade global quanto agora, no contexto do enfrentamento ao novo coronavírus. Viver com incertezas faz parte de nossa vida, mas o que nos assusta é a velocidade, o impacto e, principalmente, a vulnerabilidade que todos nós sentimos diante de toda a situação.
Há muita coisa acontecendo ao mesmo tempo! Das mais distantes às mais próximas, as estatísticas saem da tela e tomam os rostos de pessoas conhecidas, parentes e amigos. A metáfora da troca de motor de um avião em pleno voo reflete muito do que estamos vivendo. Que esta é uma conjuntura de grandes mudanças, concordamos. Agora, ter um olhar pessoal, chegar a conclusões e tomar decisões frente a tudo isso é outra conversa.
Congelar, fugir ou reagir?
Diante do novo cenário, podemos adotar três posturas diferentes: Congelar, Fugir ou Reagir. O interessante é que elas não são necessariamente estanques, únicas ou definitivas. Uma pessoa pode experimentar as três, evoluindo do congelamento para a fuga, e da fuga para a reação. Outras combinações também são possíveis, por exemplo: congelar e fugir; congelar e reagir ou fugir e reagir. Aqui, quero que você se detenha um pouquinho na leitura deste artigo e imagine como essas combinações se traduzem em ações em seu dia a dia. Vamos lá... reflita por alguns instantes. Qual é a sua própria matemática? Como você está agindo?
“Qual é a sua própria matemática? Como você está agindo?”
Como seres sociais que desempenham diferentes papéis nos muitos contextos do cotidiano, seja entre a família, os colegas de trabalho ou o círculo de amigos mais próximos, podemos adotar comportamentos diferentes por áreas: na profissional, uma mesma pessoa pode ser bastante proativa reunindo o time, conectando-o e tornando-o coeso e engajado; e, pessoalmente, ficar em seu quarto apática em relação ao que fazer com as novas rotinas pessoais e da família. O contrário também é possível: alguém que é extremamente eficiente em casa pode ficar paralisada, sem saber o que fazer e por onde começar no trabalho.
Tal contradição pode trazer um sentimento de inadequação e frustração. Para vencê-lo, tal indivíduo precisa identificar o que o está travando e ter uma postura assertiva para que a apatia não mine seus sonhos e decisões.
Proativo para a retomada
A questão que quero pensar com você é: Qual é o seu estágio de transformação? Se parasse (talvez já tenha feito) e verbalizasse como está neste momento, quais seriam os aprendizados e desafios que percebe? O que o impulsiona a prosseguir e ficar mais forte para o tempo de retomada nos vários aspectos que norteiam sua vida? Sim, o tempo de retomada virá, acredite!
Independentemente de sua “matemática”, é importante identificar os “travadores e congeladores” que compõem as barreiras que ofuscam sua praticidade no presente e a construção de seu amanhã. Se desenvolvimento profissional já era algo que tínhamos de trabalhar, agora, em meio ao “novo normal”, tudo se acelerou!
Esse tempo nos traz a oportunidade de abandonar modelos antigos e pensar numa nova liderança, atenta à era digital e à busca de soluções, respostas e abordagens às necessidades do mundo hoje. Para isso, precisamos estar conscientes para:
Ter mente de principiante: Esvaziar-se de experiências vividas e que já estão obsoletas, abrir-se para as novidades e seus contextos e aprendizados. Deixar o “olhar linear”, aquele que nos faz negar muitas coisas (às vezes por medo). De certa forma, é preciso pensar como crianças e abrir-se para perguntas “bobas” e simples, sem, obviamente, deixar as mais difíceis, complexas e inquietantes.
Manter um radar do futuro, mas com ação no presente: descongelar-se... Kkkk. Agir rapidamente, movimentar-se, fazer sua parte. Sabemos que o futuro se constrói, não é mesmo? Tendo como pano de fundo algo que foi dito por Jeff Bezos, CEO da Amazon, devemos tomar a maioria das decisões com 70% das informações necessárias, aproximadamente. Se esperarmos 100%, estaremos lentos demais. Ter pessoas confiáveis e competentes nessa hora faz total diferença. Comece com o que tem e aja!
Estimular a flexibilidade cognitiva: essa expressão é bonita, não é mesmo? Mas será que conseguimos identificá-la em nós? Como isso acontece? Quando decidimos aprender o novo, concordar com posturas diferentes, degustar experiências diferentes, vibrar com novos achados. Aqui vale ter coragem para pedir feedback para as pessoas que trabalham e convivem conosco. Às vezes, nos achamos “flexíveis para aprender”, e a nossa percepção está errada: na realidade, nos tornamos enrijecidos para as opiniões opostas às nossas. Mas, se o percebemos e queremos mudar, já estamos no caminho certo! Agora é dar o primeiro passo!
Relacionar os desafios com a variável do tempo. Emmir Nogueira faz uma reflexão baseada na obra Jacques Philippe, autor do livro Liberdade Interior. Há dois tempos a serem levados em consideração: o tempo interior e o exterior.
O tempo exterior é autônomo... Ele não nos pergunta se poderá seguir adiante. Os minutos não nos esperam, o tempo passa e, às vezes, voa! Já que não podemos negociar com o tempo, que tal observarmos mais os momentos que vivemos? Você já ponderou sobre o modo que tem aproveitado e valorizado a sua vida e os resultados que quer atingir?
“Já que não podemos negociar com o tempo, que tal observarmos mais os momentos que vivemos?”
O tempo interior — que também parece ter vida própria — tem algo de subjetivo, já que podemos interferir e decidir se reagiremos e enfrentaremos os desafios, usando-o com sabedoria.
Nessa dinâmica, devemos ter consciência de que podemos pedir ajuda sempre que necessário. Além disso, todos estamos vulneráveis aos imperativos do tempo, seja interno ou externo: Agora, por exemplo, o imperativo é: “fique em casa!” Assim, precisamos adaptar-nos, ser maleáveis e proativos, respeitando cada ciclo. Faz sentido para você? Amo a expressão de Alvin Toffler, escritor e futurista norte-americano, quando diz que precisamos aprender, desaprender e aprender de novo! Uau!
Cuidar de sua saúde mental: todos os itens acima são importantes, mas tudo pode estar fadado ao fracasso se você não cuidar de seu emocional. Bem estar, plenitude, equilíbrio, comunicação eficaz (empatia, bom relacionamento interpessoal, respeito por si, limites saudáveis). Precisamos investir no aprimoramento da Inteligência Emocional (IE), desenvolver autoconhecimento e identificar quem somos, como estamos e aonde queremos chegar. Por isso, aplique a inteligência emocional aos seus pensamentos, às intenções e ações. Motive-se para implementar uma jornada de transformação diária com direito à contemplação de “novos ares”.
Viver em amor: Ele é um diferencial. Assim como disse Jack Ma, CEO da Alibaba e um dos homens mais bem-sucedidos de nosso tempo, para termos sucesso, precisamos de um alto Quociente Emocional. Para não perdê-lo rapidamente, precisamos de um alto Quociente Intelectual. E, para sermos respeitados, precisamos de um alto Quociente de Amor.
Revolucione o presente e o futuro!
Quero desafiá-lo a responder a si mesmo: de 0 a 100%, como estão os quocientes emocional, intelectual e de amor em sua vida? Essa resposta pode revolucionar seu presente e seu futuro.
O novo normal chegou. Você vai congelar? Vai fugir? Ou vai encontrar maneiras criativas para construir um amanhã melhor? Estou certa de que tomará a decisão certa.
A equipe da Cyclos e eu queremos assessorá-lo em sua jornada e dar-lhe todas as ferramentas para que você desperte todo o seu potencial e dê os passos certos para um novo e apaixonante ciclo em sua vida.
Rosana Sá
Formada em Administração de Empresas, pós-graduada em Marketing, pós-graduanda em Neurociência e Comportamento (PUCRS) e Certificada em Educação Virtual pelo Senac-SP, é professora universitária, conferencista, coach executiva e consultora empresarial. Sócia diretora da CYCLOS Consultoria, empresa dedicada a ações de desenvolvimento profissional e gerencial.
Minha missão de vida: Contribuir com excelência e amor para o desenvolvimento sustentável na vida e nos negócios das pessoas e das empresas. Rosana Sá
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